sábado, 29 de agosto de 2009

Corra, Lola, Corra (Forrest fica pra mais tarde)

Corra, Lola, Corra [Lola Rennt] [1998]
Duração: 80 minutos
Direção: Tom Tykwer
Esta película ganhadora do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, no Independent Spirit Awards, tem a intenção principal de relatar um fato de três formas diferentes com o mesmo ponto de vista, nos dando finais alternativos da mesma história.
Tudo começa quando a bela, ruiva e até então desconhecida Franka Potente está na pele de Lola, uma apaixonada mulher, que irá fazer de tudo para salvar a vida de seu namorado Manni (aqui interpretado pelo ator Moritz Bleibtreu) que esquece no metrô uma alta quantia em dinheiro (100 mil francos), posteriormente apanhada por um mendigo. O tempo que ela terá para achar uma solução que resolva este problema é de 20 minutos até a hora marcada da entrega da quantia. Basicamente é esta a história que veremos ser recontada, mas o que torna o filme uma grandiosa obra é o modo como ela é recontada e os artifícios criativos e totalmente calculados usados pelo diretor.
Utilizando de especialidades cinematográficas como a animação, que interage com o cenário, os posicionamentos não convencionais da câmera, filmagens em preto e branco em partes que contam um fato que já aconteceu, cenas avermelhadas e muito coloridas, o jovem diretor Alemão é apresentado ao mundo nesta carreira com promissoras idéias (também pouco convencionais para os filmes de seu país) e marcas que se podem dizer não só registradas como altamente personalizadas.
Sua trilha sonora composta de 16 tracks com batidas eletrônicas, das quais três foram compostas pela própria Franka e outras como a música de introdução que foram feitas pelo também Germânico Reinhold Heil, se encaixam perfeitamente com o universo do filme.
A comparação logo se vem à mente, a mesma história contada novamente? Acho que já vi isto. Em outros filmes como Efeito Borboleta, as diferentes ações discorridas na narrativa principal mudam (às vezes drasticamente) o futuro do qual elas são submetidos.
Tom Tykwer também fez parte do filme que reuniu diretores da nova geração de cinema, “Paris, Eu te amo” (Paris, je t'aime) no ano de 2004, filmou dois anos após este, o filme, Perfume: “A História de um Assassino” (Perfume: The Story of a Murderer), uma adaptação arriscada que no passado fora recusada por grandiosos diretores como Stanley Kubrick, do livro homônimo do escritor alemão Patrick Süskind e em alguns anos antes, em 2002, Tykwer filmou “Paraíso” (Heaven), primeira parte de uma nova trilogia que proposta por Krzysztof Kieslowski, se iniciaria após “A Trilogia das Cores” (Trois Couleurs), porem ele viera a falecer antes da pré-produção de seu novo filme.
Assistir a filmografia de Tom, portanto, é quase uma obrigatoriedade de todo cinéfilo.
Texto e Foto Arte por André Nascimento.

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