terça-feira, 24 de agosto de 2010

O gato, o cachorro e o ser humano?

O gato
que belo animal
resistente durante todos esses longos anos
a séculos e séculos
Fico até pensando
porque os matavam e ainda os matam
malditos
Será esta a razão
de sua resistencia?
Alias
gatos
possuem ou não 7 vidas? 
 Como saberei?
Pobre de mim
que mal se lembra do que comeu ontem.

Já o cachorro
ah, cachorro
pare de me lamber
agora
Este animal tão afetuoso? 
diferentes dos gatos
não possuem 7 vidas
ou talvez possuam
não sei
o que sei é que se ele for seu
você terá proteção
ele te defenderá como um troféu
e além do mais
eles possuem o dom do perdão
algo que nasce com eles

E o ser humano?

sábado, 22 de maio de 2010

Eu tive um sonho. Conto 1.

     - Ao dormir, viajando comigo, por longos momentos, pensei tanto sobre um tanto, nas constelações, planetas, no universo, meu universo, seu universo, nos atos, nas atuações, na respiração, na falta dela, no olho, no olhar, nas formas e na forma, em especial a sua e mais um montão de fatores que eu nem me lembro bem.
     - Eu fiquei pensando quando um dia me disseram que para sonhar com alguem era só focar sua atenção nessa pessoa e ficar pensando nela até durmir, e deu certo, funcionou, acabei sonhando com você.
     - Eu tinha medo de te perder, eu tinha medo de jamais de encontrar mas todo mundo já está cansado de saber que eu sou um grande medroso, é isto que sou, eu sei disso.
     - Como assim? Você quer que eu conte todo o sonho agora? É, a gente pode ir para um café bar, boa idéia.
     - Um mocaccino, pode ser.
     - Eu lembro que eu tinha medo de ir embora, mas eu tinha que ir e eu sabia que dali em diante eu ia perder você, eu tinha um terrivel pensamento de que jamais receberia seu afago.
     - Eu chegei e lá estava você, tomando teu café, lá no canto de um café bar, tão longe de corpo mas tão perto de alma. (Toma o café)
     - Pedi meu café e fui falar com você, sentei a sua frente e tirei da bolsa um pequeno pote, ele continha um filme que acabara de comprar para minha câmera analógica, logo resolvi te fotografar, queria que aquele momento fosse eterno, quando eu olha-se para a foto após revelada sempre iria lembrar dele, so seu olhar quando estava entrando no recinto. Naquele momento você não só parecia, depois que tirei a primeira foto notei que você era, a modelo perfeita que precisava para a sessão de fotos. Discreta com um toque indiscreto, timida e charmosa, louca e como todo louco, genial.
     - Garçon, por favor, me tras um pedaço daquele petit de chocolate? Merci.
     - No sonho eu já sabia tudo sobre você, como se fossemos velhos amigos que encontravam por acaso em lugares aleatórios sem que marcassemos um unico encontro. Nossas conversam aconteciam naturalmente e nada era tão forçado, eu achava tudo isto o máximo para o meu ser.
     - Sim, eu pedi só um pedaço, não sabia se ela queria. Você quer não é? Pode Trazer outro. Merci.
     - Desculpe, estava focado no sonho. Alias, aonde tinha parado?
     - Ahhh, sim, eu tinha te fotografado, tinha te encontrado nas fotos. Depois que eu começei com as fotos naquele lugar eu tava totalmente focado em guardar seu modo, atos, jeito, sorriso, tudo que coubesse no filme. (Come o petit)
     - Eu não sei, realmente fiquei sem saber o porque que eu pensava que jamais veria você. Acho que estavamos mudando um pouco, talvez não enfrentariamos mais os mesmos ambientes, devia ser mais ou menos isto... Nunca vou saber, vou só um sonho, você que é a protagonista, acho que conseguiria dizer mais do que eu... Não?
     - Hahahaha, verdade, verdade, você vai viajar para França.. Foi daí que eu pensei que você não ia voltar, é a unica explicação. (Termina de comer o petit)
     -Enfin... a questão é que eu não poderia mais olhar pra você e que você não era minha, nem queria ser, não até aquele momento em que tivemos a nossa maior conversa. Tinhas um medo de mim por parecer estar sempre te perseguindo, como o Stalker de Andrei Tarkowki. Você só tirou essa ídeia da cabeça quando realmente papeou comigo.
     - A gente tomou café, falou da vida...
     - Poxa, que demora para trazer um pedaço de bolo? Alias, uma coisa engraçada sobre esse bolinho, só por que ele tem nome Francês faz o parecer mais importante e mais caro, é uma palhaçada. Não, não quero mais nada não, obrigado.
     - Então, agente tomou o café e discutiu sobre a vida e a morte, o tudo e o nada e ao termino da xícara você foi embora me deixando na mesa.
     - É verdade, eu sempre penso no tudo e no nada...sempre e nunca. Ha!Ha!Ha!Ha!
     - Aí eu olhei para a porta e vendo você sair eu percebi que estavas me esperando, neste momento eu notei que aquele dia seria o primeiro dia que você seria minha de verdade.
     - É, eu sei disso. Mas você me conhece, sabe que sou frenético e louco.
     - Tambem sei disso, mas gosto de sentir os detalhes, para mim é o melhor, sempre.
     - Não sei o que aconteceu depois, foi só isso, quando agente saiu depois que eu pagei a conta a imagem começou a se desfragmentar, acho que nessa hora ia vir os créditos do nosso curta.
     - Ha!Ha!Ha!Ha!Ha! Tambem pensou que daria um filme?
     - A vida é um filme Honey Bunny, e foi nele que eu aprendi a te amar.
     - Que bom que tambem me ama.
    

Sobre a vida.

Afinal, O mundo está dividido entra as pessoas que gostam e as que não gostam de ver um pôr-do-sol.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Blow Up

Sometimes she are so nervous
about life and other things
that she even thinks
in some details of her eXistenZ

Once I've heard of her mouth
Everybody wants to rule the world
Once I've just heard
I know you wanna do this now

But I didn't care
that tacky words full of nothing
beating in my brain
blowing my mind

Just because
Once I told her one detail
One of my deepest secret
Not so deepest now

Once I told her
I'm gonna Blow Up everything
Every little thing
Until my body

Just becase
Once I wanted to do all different
To create The Revolution
To make The Evolution
Blow Up each peace
Of life.

*André N. Arçari

Aquele sobre aquilo

Eu realmente 
gosto de ver te
sorrindo ao meu lado

Aquele teu sorriso
aquele meu olhar

Sinto aquele
olhar de felicidade teu
feito sobre minha encomenda

Aquele meu toque
aquele teu olor

Tudo relembra
aquelas poesias que liamos
daqueles filmes que viamos

Aqueles só meu
aqueles só seu

Parece até
que Godard e Truffaut
filmavam tudo para nós

Aquela doçura
aqueles detalhes

 Aquilo sim
o que sempre viamos
e amavamos como ninguem

Aquilo sobre o tudo
aquilo sobre o sempre.

*André N. Arçari

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Da serie frases: Godard

“A história deve ter um começo, um meio e um fim, mas não necessariamente nessa ordem.”

*Em referência aos cult movies, é a frase que mais se encaixa. Meu cérebro leva um pouco de tempo para organizar toda a estrutura na ordem correta, é, infelizmente confesso, ele sempre tenta fazer isso.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mente, confusamente.

Pareço estar
sempre
parafraseando a vida

Talvez porque
nunca
a tinha sentido
 
Com pensamentos
brincadeiras
particularidades só nossa

Algo tão
vivo
 algo tão novo

Tão simples
nostalgico
e muito doce

Não consigo
explicar
o que sinto

Algo deste
jeito
desse jeito seu

Se parece
limpidas
gotas de orvalho

Caindo na
aurora
leve e delicadamente

Encharcando o
chão
uma por uma

Pareço estar
confuso
sobre meus sentimentos

Nunca sabendo
agir
do modo correto

Talvez eu
seja
mesmo muito diferente

Talvez esteja
experimentando
um novo sentimento

Inexplicavel
Inconfundivel
Inesquecivel

*André N. Arçari.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Vinde, perdido... e confuso. Perdido e confuso. Perdido... e confuso.

E aos que passarem
aos que olharem
aos que criticarem
Serão excluidos
Serão ignorados

Eventualmente
serão retribuidos
Contudo
quando notar
minha
egocentricidade

os que passarem
os que olharem
e os que
criticarem
Serão  interpretados
Serão compreendidos.

*André N. Arçari

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Catalã (da serie egoista: poesias que o mundo nunca veria)

Que bagunça
Gatos são uns demônios
Embolam minha lã
Destroem a minha mobília
Aonde estava com a cabeça
Já sabia de antemão
Gatos, não!

Gatos
São
Uma doçura,
Uma ternuna,
Embolam até a minha lã

Horas a fio,
Penso,
Como resolver.
Perpetuamente,
Hei-de catar
Toda esta lã

Só de pensar, logo me recordo
Daquilo que nunca esqueci

Que lingua
Quanto romantismo
Que poesia
Quanta culinária
Que vida
Quanta arte
Que esplendor
Quanta maravilha

Hei-de voltar
De estar

Para ficar
Em Barcelona.

*André N. Arçari

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mas...

     Qual conexão entre o real e o imaginário?
     Não sei... talvez, no dia que eu conseguir descobrir... talvez, criarei uma teoria... umas teorias...é.. teorias, isso! vou criar sim.
     Pois bem, hoje, quando estava trabalhando, realizando minha pesquisa de campo para coletar dados, um saudoso senhor, de estatura baixa, com olhos cansados mas com seu azul eterno, me parou e me disse:
     Bona cera!... você sabe o que isto significa?
     Eu... fiquei estático... pensando no que seria, no que aquilo significava e disse: é boa tarde! não é?
     O senhorzinho me disse com sua voz cansada: - Não... é bom dia!
     Logo retruquei: - Bom dia??? mas e boun giorno? Não é bom dia?
     Logo ele parou e pensou: -Não... Boun giorno é boa tarde.
     Mas, denovo insisti: -E boa noite, como é? Buon pomeriggio? aonde se encaixa?
     Logo, ele ficou meio confuso, e sem saber o que dizer disse que era boa noite...
     Depois disso, eu tambem fiquei confuso... Devia voltar ao trabalho, ao real, ao sério, mas... O meu imaginário estava se divertindo tanto nessa hora que, como seres, humanos, começamos a dialogar...
     Ao fim da conversa aprendi algo certo, que "A presto"  significa até logo.
     Mas... antes do senhorzinho se despedir ele me contou uma breve e ao mesmo tempo longa história, (bom, breve e longa porque na hora parecia que iria durar horas, porem acabou sendo rápida) sobre uns amigos dele, que vivem rindo quando ele fala essas pequeninas palavras em italino.
     Toda uma parte do seu real dentro de sua mente, foi, saindo, assim, com tanta clareza que por um momento pensei que já conhecia ele deveras. É vera que o que ele me ensinou eu já sabia (pelo menos pensava que sabia), mas saindo da boca de um ser tão cansado, tão vivido, sofrido, em um tom tão simples, me deixou perplexo. Ele tambem me contou uma outra história sobre um local aonde ele tinha trabalhado, etc e tal.  Mas, eu não estava prestando tanta atenção assim. Minha mente parecia bloquear tudo, não entender nada, não compreender nada. Por que, qual seria a razão? O que minha subjetividade estava fazendo nesta hora? Tudo aquilo era vida! vivida! falava! e eu? aonde estava? Não sei., nunca vou saber. De repente o velhinho disse: não há nada como ter amigos na vida.
     Mas como? A menos de 24 horas eu estava pensando exatamete isso! Que senhorzinho! Que palavras! Fiquei surpreso,confesso, não imaginaria que ele falaria algo tão assim, simples e por hora necessário para meus ouvidos, ora essa, ele nunca tinha me visto.
      O pai dele ensinou tanta, tanta coisa a ele, pensei eu com meus botões... É, acho que tambem quero ser pai, é, talvez... Talvez eu ensine essas palavras em italiano para meu filho... Quem sabe um dia isso não aconteça? 
     Quando o "eu" que vos fala não estiver mais aqui, talvez meu filho, um senhorzinho simpático, cansado e dos olhos azuis, poderá abordar um desconhecido pela certeza, pelo seu saber e em minutos criar um grau de parentesco com aquele ser pela descendencia, na tentativa de conseguir, assim como aquele "nonno" conseguiu, tocar meu ser, me humaninzar um pouco mais! Só aí entenderemos que todos somos iguais, mas  ao mesmo tempo diferentes, que estamos conectados mas eventualmente desconectados e que tudo não depende só do espaço mas como tempo e tambem do lugar.
     E agora, talvez, talvez, é, talvez eu tenha descoberto que o resultado entre o tudo e o nada são uma soma  entre dois produtos, o real e o imaginário.
     Mas, e a entre o real e o imaginário? Qual seria a conexão?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Da serie frases: Arnaldo Jabor.

''Eu tentei filmar assim: o fluxo da afetividade, da tentativa de alegria, do desejo de felicidade."

*Concordo com o Jabor quando ele tenta mostra essa busca do ser humano pelos bons sentimentos da vida, que são essenciais para nosso humor e auto-estima.
Me identifico com seus filmes pelo simples fato de estar sempre nessa busca.
Gosto muito de suas crônicas tambem, ele sabe o que escreve, e é sincero.