sexta-feira, 30 de abril de 2010

Blow Up

Sometimes she are so nervous
about life and other things
that she even thinks
in some details of her eXistenZ

Once I've heard of her mouth
Everybody wants to rule the world
Once I've just heard
I know you wanna do this now

But I didn't care
that tacky words full of nothing
beating in my brain
blowing my mind

Just because
Once I told her one detail
One of my deepest secret
Not so deepest now

Once I told her
I'm gonna Blow Up everything
Every little thing
Until my body

Just becase
Once I wanted to do all different
To create The Revolution
To make The Evolution
Blow Up each peace
Of life.

*André N. Arçari

Aquele sobre aquilo

Eu realmente 
gosto de ver te
sorrindo ao meu lado

Aquele teu sorriso
aquele meu olhar

Sinto aquele
olhar de felicidade teu
feito sobre minha encomenda

Aquele meu toque
aquele teu olor

Tudo relembra
aquelas poesias que liamos
daqueles filmes que viamos

Aqueles só meu
aqueles só seu

Parece até
que Godard e Truffaut
filmavam tudo para nós

Aquela doçura
aqueles detalhes

 Aquilo sim
o que sempre viamos
e amavamos como ninguem

Aquilo sobre o tudo
aquilo sobre o sempre.

*André N. Arçari

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Da serie frases: Godard

“A história deve ter um começo, um meio e um fim, mas não necessariamente nessa ordem.”

*Em referência aos cult movies, é a frase que mais se encaixa. Meu cérebro leva um pouco de tempo para organizar toda a estrutura na ordem correta, é, infelizmente confesso, ele sempre tenta fazer isso.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mente, confusamente.

Pareço estar
sempre
parafraseando a vida

Talvez porque
nunca
a tinha sentido
 
Com pensamentos
brincadeiras
particularidades só nossa

Algo tão
vivo
 algo tão novo

Tão simples
nostalgico
e muito doce

Não consigo
explicar
o que sinto

Algo deste
jeito
desse jeito seu

Se parece
limpidas
gotas de orvalho

Caindo na
aurora
leve e delicadamente

Encharcando o
chão
uma por uma

Pareço estar
confuso
sobre meus sentimentos

Nunca sabendo
agir
do modo correto

Talvez eu
seja
mesmo muito diferente

Talvez esteja
experimentando
um novo sentimento

Inexplicavel
Inconfundivel
Inesquecivel

*André N. Arçari.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Vinde, perdido... e confuso. Perdido e confuso. Perdido... e confuso.

E aos que passarem
aos que olharem
aos que criticarem
Serão excluidos
Serão ignorados

Eventualmente
serão retribuidos
Contudo
quando notar
minha
egocentricidade

os que passarem
os que olharem
e os que
criticarem
Serão  interpretados
Serão compreendidos.

*André N. Arçari

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Catalã (da serie egoista: poesias que o mundo nunca veria)

Que bagunça
Gatos são uns demônios
Embolam minha lã
Destroem a minha mobília
Aonde estava com a cabeça
Já sabia de antemão
Gatos, não!

Gatos
São
Uma doçura,
Uma ternuna,
Embolam até a minha lã

Horas a fio,
Penso,
Como resolver.
Perpetuamente,
Hei-de catar
Toda esta lã

Só de pensar, logo me recordo
Daquilo que nunca esqueci

Que lingua
Quanto romantismo
Que poesia
Quanta culinária
Que vida
Quanta arte
Que esplendor
Quanta maravilha

Hei-de voltar
De estar

Para ficar
Em Barcelona.

*André N. Arçari

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mas...

     Qual conexão entre o real e o imaginário?
     Não sei... talvez, no dia que eu conseguir descobrir... talvez, criarei uma teoria... umas teorias...é.. teorias, isso! vou criar sim.
     Pois bem, hoje, quando estava trabalhando, realizando minha pesquisa de campo para coletar dados, um saudoso senhor, de estatura baixa, com olhos cansados mas com seu azul eterno, me parou e me disse:
     Bona cera!... você sabe o que isto significa?
     Eu... fiquei estático... pensando no que seria, no que aquilo significava e disse: é boa tarde! não é?
     O senhorzinho me disse com sua voz cansada: - Não... é bom dia!
     Logo retruquei: - Bom dia??? mas e boun giorno? Não é bom dia?
     Logo ele parou e pensou: -Não... Boun giorno é boa tarde.
     Mas, denovo insisti: -E boa noite, como é? Buon pomeriggio? aonde se encaixa?
     Logo, ele ficou meio confuso, e sem saber o que dizer disse que era boa noite...
     Depois disso, eu tambem fiquei confuso... Devia voltar ao trabalho, ao real, ao sério, mas... O meu imaginário estava se divertindo tanto nessa hora que, como seres, humanos, começamos a dialogar...
     Ao fim da conversa aprendi algo certo, que "A presto"  significa até logo.
     Mas... antes do senhorzinho se despedir ele me contou uma breve e ao mesmo tempo longa história, (bom, breve e longa porque na hora parecia que iria durar horas, porem acabou sendo rápida) sobre uns amigos dele, que vivem rindo quando ele fala essas pequeninas palavras em italino.
     Toda uma parte do seu real dentro de sua mente, foi, saindo, assim, com tanta clareza que por um momento pensei que já conhecia ele deveras. É vera que o que ele me ensinou eu já sabia (pelo menos pensava que sabia), mas saindo da boca de um ser tão cansado, tão vivido, sofrido, em um tom tão simples, me deixou perplexo. Ele tambem me contou uma outra história sobre um local aonde ele tinha trabalhado, etc e tal.  Mas, eu não estava prestando tanta atenção assim. Minha mente parecia bloquear tudo, não entender nada, não compreender nada. Por que, qual seria a razão? O que minha subjetividade estava fazendo nesta hora? Tudo aquilo era vida! vivida! falava! e eu? aonde estava? Não sei., nunca vou saber. De repente o velhinho disse: não há nada como ter amigos na vida.
     Mas como? A menos de 24 horas eu estava pensando exatamete isso! Que senhorzinho! Que palavras! Fiquei surpreso,confesso, não imaginaria que ele falaria algo tão assim, simples e por hora necessário para meus ouvidos, ora essa, ele nunca tinha me visto.
      O pai dele ensinou tanta, tanta coisa a ele, pensei eu com meus botões... É, acho que tambem quero ser pai, é, talvez... Talvez eu ensine essas palavras em italiano para meu filho... Quem sabe um dia isso não aconteça? 
     Quando o "eu" que vos fala não estiver mais aqui, talvez meu filho, um senhorzinho simpático, cansado e dos olhos azuis, poderá abordar um desconhecido pela certeza, pelo seu saber e em minutos criar um grau de parentesco com aquele ser pela descendencia, na tentativa de conseguir, assim como aquele "nonno" conseguiu, tocar meu ser, me humaninzar um pouco mais! Só aí entenderemos que todos somos iguais, mas  ao mesmo tempo diferentes, que estamos conectados mas eventualmente desconectados e que tudo não depende só do espaço mas como tempo e tambem do lugar.
     E agora, talvez, talvez, é, talvez eu tenha descoberto que o resultado entre o tudo e o nada são uma soma  entre dois produtos, o real e o imaginário.
     Mas, e a entre o real e o imaginário? Qual seria a conexão?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Da serie frases: Arnaldo Jabor.

''Eu tentei filmar assim: o fluxo da afetividade, da tentativa de alegria, do desejo de felicidade."

*Concordo com o Jabor quando ele tenta mostra essa busca do ser humano pelos bons sentimentos da vida, que são essenciais para nosso humor e auto-estima.
Me identifico com seus filmes pelo simples fato de estar sempre nessa busca.
Gosto muito de suas crônicas tambem, ele sabe o que escreve, e é sincero.